Professores da Educação Especial participam de formação sobre inclusão, diversidade e sala de aula

A Secretaria Municipal de Educação (Semed) realizou, nos turnos matutino e vespertino desta terça-feira (20), no mini auditório do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) – Campus Aracruz, uma formação destinada a professores da Educação Especial. O momento foi mediado pelo professor, pesquisador e neurodivergente, Mestre Rafael Jacson da Silva Carneiro de Oliveira. Na ocasião, também houve uma exposição de recursos pedagógicos produzidos pela professora Valéria Delarolli, da rede municipal da Serra, representando uma grande oportunidade para que os presentes conhecessem suas criações, compartilhassem práticas e trocassem ideias inspiradoras. Durante a formação, foi lançado ainda o Caderno Pedagógico do Atendimento Educacional Especializado (AEE), produzido pela equipe do Setor de Educação Especial Inclusiva da Semed.
A formação teve como objetivos promover uma roda de conversa para oportunizar diálogos e reflexões sobre práticas pedagógicas inclusivas, bem como oferecer uma compreensão inicial sobre questões relacionadas ao neurodesenvolvimento, visando repensar práticas e planejar ações coletivas que gerem impacto positivo na comunidade escolar. A palestra do professor Rafael abordou como os profissionais do AEE devem atuar com estudantes que apresentam diferentes transtornos e deficiências, além de discutir altas habilidades ou superdotação e acessibilidade curricular.
No início, Rafael destacou que, no século XXI, educar vai além de ensinar competências e habilidades linguísticas e matemáticas, exigindo afeto, esperança, criatividade, ação, dinamismo e, acima de tudo, compromisso com uma educação transformadora. “Qual é o nosso papel? Somos um tipo de Messias Social! Nossas vidas e ações impactam positiva ou negativamente a vida das pessoas”, ressaltou. O professor propôs ações concretas no cotidiano escolar, como conhecer bem cada estudante, sem duvidar dele, subestimá-lo, julgá-lo, constrangê-lo ou infantilizá-lo. “Devemos buscar conhecer o hiperfoco do aprendente, suas potencialidades, interesses e dificuldades”, explicou.
Em relação aos transtornos, o pesquisador questionou os tipos existentes, como os de neurodesenvolvimento ou psiquiátricos, e a melhor forma de lidar com eles. “Em primeiro lugar, tenha empatia, busque conhecer, não julgue! Precisamos abordar outros espaços além da sala de aula, evitando o capacitismo, a ‘Pedagogia dos Eventos’ e ações recreativas muitas vezes disfarçadas de inclusão”, afirmou.
Aos professores de AEE, foi enfatizado que eles próprios são agentes de transformação e inclusão. Foram orientados de que a disfunção executiva não é preguiça, a depressão e a ansiedade não são frescuras, e que o autismo e o TDAH não são tendências passageiras. Por fim, destacou-se que a neurodiversidade é uma realidade inegável, presente em todos os espaços. “Isso significa que o sujeito neurodiverso pode e deve estar onde quiser; sua presença e existência não podem mais ser camufladas ou suprimidas”, concluiu.
Lançamento do Caderno Pedagógico do Atendimento Educacional Especializado (AEE)
A técnica do Setor de Educação Especial Inclusiva da Semed, Charlene Franco, destacou o empenho e esforço da equipe na elaboração do material de suporte. “É com muita alegria que lançamos hoje o Caderno Pedagógico do AEE, resultado do empenho e da dedicação de toda a nossa equipe de Educação Especial Inclusiva de Aracruz. Desde 2023, temos trabalhado de forma colaborativa, estruturando, organizando e monitorando as políticas públicas educacionais, promovendo formação, trocando boas práticas e buscando continuamente conhecimento. Este caderno vem para orientar e fortalecer ainda mais o trabalho do AEE nas escolas, complementando nossas ações e celebrando as conquistas de uma equipe comprometida com a inclusão e o aprendizado de todos os estudantes", comemorou.
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