Defesa Civil esclarece ações após afogamento de adolescente

O dia 18 de março de 2018 foi de muita tristeza para a comunidade aracruzense, especialmente para os alunos de escolas do município e também para os moradores do bairro Vila Nova. Naquela data faleceu por afogamento após sofrer sucção por uma tubulação em barramento de água no rio Piraqueaçu, o estudante Jonathan Pautilho, 15 anos. Estudioso, educado, carinhoso, são os adjetivos mais ouvidos quando se pergunta sobre Jonathan aos seus ex-colegas de escola.
A tragédia ocorreu no interior de uma propriedade às margens da estrada que liga a Sede de Aracruz à localidade de Santa Maria, quando Jonathan e três colegas resolveram tomar banho em uma barragem feita com sobra de rochas de empresa de mineração. A Defesa Civil de Aracruz acompanhou a situação desde que foi informada, prestando solidariedade à família do adolescente no velório e a visitando durante a semana.
Segundo o Secretário municipal responsável pela Defesa Civil, Professor Valber Camporês, o ocorrido foi uma tragédia. “Acompanhamos a dor da família e amigos e prestamos solidariedade. Nos dias seguintes ao fato fomos identificar o local do afogamento, conversamos com pessoas que moram nas proximidades e obtivemos junto ao Corpo de Bombeiros o Boletim Unificado confeccionado pelo 5º BPM de Aracruz. Após levantar as primeiras informações nossa equipe de técnicos retornou ao local do afogamento e usando uma técnica específica descobrimos a existência de uma tubulação com diâmetro de aproximadamente 300mm escondida entre as rochas colocadas no leito do rio. A ação imediata foi pedir à secretaria de comunicação que fixasse uma placa no local informando o risco de afogamento, o que foi prontamente concretizado.
Segundo Camporês “a força de sucção na entrada da manilha submersa é muito grande. Para se ter uma ideia, para retirar o corpo do adolescente foi preciso um mergulhador amarrar uma corda nele e usar a força de oito homens para puxá-la”. O secretário, que é biólogo e especialista em gestão ambiental, disse que o barramento construído aparenta ser inadequado, ineficiente e sem medidas básicas de segurança, como por exemplo a falta de proteção na entrada da tubulação escondida entre as rochas.“A obra além de não apresentar segurança também causa degradação ambiental uma vez que quando a vazão do rio aumenta muito a água é forçada a passar pelas duas margens de onde foram colocadas as rochas, carreando sedimentos e destruindo a vegetação ciliar. A recomendação é pela retirada das rochas do local”, explicou Camporês.
Após as explicações, o secretário disse que compete à Defesa Civil proteger a população dos riscos iminentes, por tudo isso e com base na legislação vigente, a Coordenação de Proteção e Defesa e Civil de Aracruz notificou o proprietário da fazenda onde foi construído o barramento para a imediata retirada da tubulação ou a construção de uma obra de engenharia que proteja a entrada do tubo, impedindo que outras pessoas sofram sucção e consequentemente afogamento.“Se depender da Defesa Civil, nunca mais outra pessoa será surpreendida por aquela tubulação escondida entre rochas e sob a água no rio Piraqueaçu”, finalizou o secretário.
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