XXI Fórum Extraordinário da Undime Espírito Santo debate o futuro da educação pública com a inteligência artificial

Publicado em: 17 de dezembro de 2025
Texto: Renato Lana de Faria
Imagem: Comunicação
XXI Fórum Extraordinário da Undime Espírito Santo debate o futuro da educação pública com a inteligência artificial

Aconteceu nesta segunda-feira (15) e terça-feira (16), no Cerimonial Oasis, em Vitória, o XXI Fórum Extraordinário da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) – Espírito Santo. Com o tema “Conecta Educação: Gestão para a Inovação — Liderança, Clima Organizacional e Cultura Colaborativa”, o evento, considerado um dos mais importantes da educação pública no estado, promoveu um debate essencial sobre como a Inteligência Artificial (IA) pode apoiar o trabalho docente e a gestão educacional.

O município esteve representado pela secretária municipal de Educação (Semed), Jenilza Spinassé, acompanhada pelo gerente de Educação Inclusiva, Walter Engenlhardt Neto e pela técnica pedagógica Viviane Pereira Cabidelle. O Fórum reuniu dirigentes municipais de educação de diversas cidades capixabas, além de equipes técnicas, para discutir o futuro da educação pública à luz das inovações tecnológicas, da inteligência artificial e das transformações organizacionais nas redes municipais de ensino.

A programação contou com palestras, mesas-redondas, visitação a estandes expositores e momentos de integração, consolidando-se como um espaço estratégico para o fortalecimento da gestão educacional e para a promoção do diálogo entre redes públicas e iniciativas inovadoras. Foram abordados temas como: O futuro da educação pública e as transformações digitais; Inteligência Artificial na Educação: aplicações práticas na sala de aula e na gestão escolar; Robótica como ferramenta de inovação em sala de aula; e Transformando dados em decisões inteligentes, entre outros.

Nas mesas-redondas os participantes discutiram assuntos relacionados à Computação na BNCC: como integrar o pensamento computacional ao currículo das redes públicas e ao Ecossistema Capixaba de Inovação. Para o gerente de Educação Inclusiva, Walter Engenlhardt Neto, a participação no evento reforça o alinhamento das ações desenvolvidas no município. “Participar deste Fórum e acompanhar os debates sobre o futuro da educação pública e a inteligência artificial nos dá a certeza de que Aracruz está no caminho certo. O que vimos aqui, especialmente sobre a robótica como ferramenta de inovação, dialoga diretamente com o movimento que já iniciamos em nossa rede. Estamos capacitando nossos professores não apenas para usar a tecnologia, mas para torná-la um instrumento pedagógico de inclusão efetiva, protagonismo e engajamento para todos os nossos estudantes”, afirmou.

De acordo com a técnica pedagógica Viviane Pereira Cabidelle, o tema do Fórum está diretamente conectado às estratégias da Rede Municipal de Ensino de Aracruz.
“Participar do Fórum da Undime reforça que Aracruz está no caminho certo ao alinhar gestão e tecnologia. O tema ‘Conecta Educação’ traduz exatamente nossa estratégia, que é conectar nossos estudantes ao futuro por meio de parcerias sólidas com o IFES, a SECTI e o Sebrae, por exemplo. Ao integrar inovação e inteligência artificial à nossa rede, não estamos apenas modernizando escolas, mas abrindo portas reais de oportunidade e qualificação para os nossos jovens”, destacou.

A secretária municipal de Educação, Jenilza Spinassé, que mediou uma das mesas, levantou um questionamento sobre o processo formativo dos professores que atuarão com robótica e tecnologias educacionais nas escolas. “Planejar a aquisição dos materiais talvez não seja a parte mais difícil, mas sim iniciar o processo formativo. Ainda não é uma realidade termos professores com domínio da inserção da robótica no currículo escolar. Por onde devemos começar esse trabalho em uma rede de ensino?” Indagou.

Em resposta, o debatedor Vanderson Valadares ressaltou a importância da escolha de kits com material didático totalmente alinhado à BNCC, que possam ser integrados às aulas já existentes. “Esse seria um primeiro ponto de sucesso da robótica e do engajamento do professor. Quando ele precisa interromper sua aula para aprender uma nova tecnologia, a aplicação se torna mais difícil, pois falta tempo. A tecnologia precisa ser inserida de forma integrada ao currículo. A criança precisa desenvolver pensamento computacional e lógica, pois isso contribuirá para melhores escolhas e para a construção de um futuro melhor para o país”, concluiu.

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