Os afetados por acidentes de trânsito graves, tanto os familiares como as vítimas, além dos danos físicos sofrem sequelas psicológicas como depressão e angústia. Em função desse quadro, as Secretarias Municipais de Saúde e de Desenvolvimento Social, em parceria com o Detran, estão promovendo um trabalho de acompanhamento psicológico para pacientes e familiares de Aracruz. O atendimento é feito por um psicólogo do Núcleo de Atendimento e Ressocialização Psicossocial às vítimas de trânsito do Detran (Narptran) e acontece todas as quartas-feiras no CREAS, de 11h às 16h.

Atualmente seis pessoas/famílias estão participando do tratamento, que é feito por um psicólogo especializado em tratar vítimas de stress pós-traumático. O atendimento é gratuito e para participar basta se cadastrar em uma Unidade de Saúde do bairro.

De acordo com a secretária Municipal de Saúde, Nalva Bernadete, esse apoio é muito importante para ajudar tanto os familiares como os que sofreram os acidentes a superar os traumas. Segundo ela, há toda uma complexidade para reconduzir às vítimas a uma vida normal, pois os acidentes de trânsito podem produzir sérios efeitos psicológicos. “É necessário ajudá-los a superar as barreiras e mostrar que a vida continua e para isso a ajuda psicológica é fundamental”, disse a secretária.

Ela explicou que esse trabalho tem trazido bons resultados nos locais onde ele foi implantado e Nalva acredita que não será diferente em Aracruz. “Acredito que com esse trabalho vamos conseguir tirar as pessoas da clausura emocional, ajudando-as a ter uma vida normal na medida do possível”, falou.

Stress e impotência

Especialistas explicam que a ferida cerebral ou trauma psicológico ocorre quando passamos por/ou presenciamos situações de estress envolvendo  morte ou ameaça de morte ou ameaça de nossa integridade física e moral.

Nos acidentes de trânsito todas estas possibilidades existem e podem levar às vítimas de um estado de bem-estar e controle para respostas de medo intenso, horror e impotência.

Diferente das feridas externas, não é possível vê-las, mas pode-se perceber seus sintomas que, comumente, constituem o quadro de Transtorno de Estress Pós-Traumático (TEPT), podendo evoluir para depressão, pânico, fobias, ansiedade generalizada e luto patológico.

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