I Grito de Carnaval Infantil de Aracruz: nostalgia de pai para filho

Para lembrar os velhos tempos em que as marchinhas tradicionais de carnaval faziam a alegria dos foliões, a Secretaria de Cultura, Desporto e Lazer, da Prefeitura de Aracruz, vai realizar o “1º grito de Carnaval Infantil de Aracruz”, para crianças de 07 a 12 anos, no próximo dia 06 de dezembro, das 17h às 19h em uma matinê (carnaval infantil) no Teatro Municipal (sede). Para participar, a garotada só precisa fazer inscrição na Semuc, de 12h às 18h até dia 04/12, com acompanhamento de pais ou do responsável legal. As inscrições são gratuitas.
Reviver em Aracruz a tradição dos carnavais de salão é tarefa fácil para o Núcleo de Criatividade da Semuc, que já está confeccionando 60 fantasias, metade masculina e a outra feminina. No ato da inscrição, o interessado precisa informar o interesse em curtir a folia fantasiado com uma das fantasias produzidas pela secretaria, ou se já tem indumentária própria. De acordo com a coordenadora de seção do Teatro, Kátia Sirtoli, a decoração com temas carnavalescos, confetes, serpentinas e som com as marchinhas vão dar o toque nostálgico necessário para até mesmo os pais acompanhantes durante toda a matinê. “Na história, a marchinha atingiu a todos os públicos, ligou o país através da música e do carnaval e foi a primeira vertente musical a usar com constância os temas nacionais. São tantas músicas gravadas na nossa mente que, até quem não dançava o ritmo, conhece as melodias. Mesmo com toda mudança de costumes e da implacável patrulha cultural da década de 60”, explicou Sirtoli.
De acordo com o historiador e secretário de cultura, Prof. Dr. José Maria Coutinho, a marcha de carnaval, também conhecida como "marchinha", é um gênero de música popular que esteve no carnaval dos brasileiros dos anos 20 aos anos 60, quando começou a ser substituída pelo samba enredo. “Fazia algum tempo que almejávamos resgatar a tradição de um carnaval de salão brasileiro. Mais do que uma festa, o carnaval é uma oportunidade de divulgação de nossa cultura e do nosso jeito de ser, através da nossa música. A idéia de uma matinê carnavalesca para as famílias e as crianças foi de proporcionar um momento único de lazer”, explicou Coutinho. Ainda segundo o historiador, as marchinhas seguem vivas no inconsciente popular e seguirão enquanto as crianças participarem e conhecerem as coisas boas que os pais viveram um dia.
A verdadeira marchinha de carnaval brasileira começou a surgir no Rio de Janeiro com as composições de Eduardo Souto, Freire Júnior e Sinhô, e atingiu o apogeu com intérpretes como Carmem Miranda, Almirante, Mário Reis, Dalva de Oliveira, Sílvio Caldas, Jorge Veiga e Black-Out, que interpretavam, em meados do século XX, as composições de João de Barro, o Braquinha e Alberto Ribeiro, Noel Rosa, Ary Barroso e Lamartine Babo. O último grande compositor de marchinha foi João Roberto Kelly.
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