“Um convite à transformação: cuidado do corpo e da mente” – Médico palestra a profissionais da educação

Publicado em: 27 de junho de 2025
Texto: Renato Lana de Faria
Imagem: Divulgação
“Um convite à transformação: cuidado do corpo e da mente” – Médico palestra a profissionais da educação

A Secretaria de Educação (Semed) realizou na noite desta quinta-feira (26), uma palestra virtual com o médico idealizador do Programa Escola Saudável, Dr. Thanguy Friço. Ela foi transmitida por meio do canal oficial da prefeitura, no Youtube, e destinada aos professores, pedagogos e diretores da Rede Municipal de Ensino. A Secretária Jenilza Spinassé deu as boas-vindas a todos e agradeceu ao palestrante por sua disponibilidade nesse atendimento.

“Este é um momento muito importante, pois vamos ter um tempo para pensarmos como podemos cuidar mais de nossa saúde. Acredito que, após essa palestra, sairemos mais convictos de que precisamos nos cuidar. Sucesso aos professores e gestores da Rede Municipal de Ensino e gratidão ao Dr. Thanguy por nos disponibilizar este tempo. Temos que cuidar de quem cuida de nós”, ressaltou.

Dr. Thanguy Friço esteve em Aracruz no dia 12 de maio para o lançamento do Escola Saudável, um programa pedagógico que ensina as pessoas a cuidarem primeiro delas, para depois cuidar do outro. Nesta live, ele novamente falou aos profissionais do magistério para reforçar essa metodologia considerada transformadora. Sua palestra foi iniciada com a apresentação de números e resultados de um questionário disponibilizado aos professores no dia em que esteve no município.

“Fizemos um levantamento de forma anônima com os profissionais do magistério visando mapear a rede por amostragem, porque já tínhamos muitas informações ao nível do Brasil, por isso, queríamos os dados locais. Ficou constatado que 57% dessas pessoas não fazem um mínimo de atividade física, sendo consideradas sedentárias. 60% estão acima do peso, 65% têm alguma alteração de sono, seja na qualidade ou na quantidade, 67% sofrem com algum tipo de distúrbio emocional, como ansiedade ou depressão, além de outros 17% fumarem e 12% consumirem bebidas alcoólicas”, destacou.

O médico lembrou de um caso que o fez ter outra visão da medicina e dos métodos em busca de uma saúde. Ele contou a história de seu pai, que mesmo passando por check-ups frequentemente e com os exames em dia e normais, sofreu um infarto. “Quando achamos que sabemos todas as respostas da vida, ela vem e muda várias perguntas. Meu pai, que tinha todos os exames normais, teve um infarto na minha frente. O mediquei e o levei para o hospital, onde fez quatro procedimentos cirúrgicos de pontes de safena. Ele sobreviveu, pois, como eu estava com ele, passou por todo protocolo. Isso me acendeu uma luz e me fez buscar nos estudos onde tínhamos dicas para vivermos mais”, contou.

Thanguy mostrou um relatório denominado “Lalonde”, de 1974, quando já eram apresentados estudos de como as pessoas podem viver mais. “Há 41 anos, já havia estudos sobre como fazer a pessoa viver mais. De acordo com esse relatório, entre as causas que permitem às pessoas a terem longevidade, 60% está relacionada ao estilo de vida, ou seja, como você se exercita, come, dorme, se relaciona com os colegas de trabalho, com a família e com a igreja. Já a genética tem 20%, além de 15% dos fatores ambientais, como a poluição e os agrotóxicos e conservantes nos alimentos. Já os cuidados médicos dizem respeito a 5%. Ou seja, temos que estimular as pessoas a terem hábitos saudáveis”, comentou.

Falando em hábitos saudáveis, ele mostrou que no Brasil o sedentarismo atinge quase a metade da população, 45,9%, e mais da metade, 56%, está acima do peso. “Temos que entender que um dos grandes segredos da nossa longevidade e da nossa qualidade de vida está relacionado à nossa musculatura. Quem tem uma musculatura boa tem mais energia, produz mais hormônios do bem, mais dopamina, mais endorfina, mais serotonina. A atividade física tem que ser entendida como um remédio, como algo que eu possa usar para melhorar o meu dia a dia”, disse.

Inflamação crônica
O médico chamou a atenção para a obesidade, que leva à chamada inflamação crônica, que é quando nosso corpo, que está acima do peso, libera a proteína C reativa, que reage com nossos tecidos, levando às doenças, como câncer de mama, de próstata, de diabetes e hipertensão arterial.

Aos profissionais do magistério ainda foram pontuados conceitos e técnicas importantes quanto à alimentação, ao sono, à respiração e o tratamento da ansiedade, o controle emocional (o difícil controle entre a emoção e a razão), além de dicas sobre a depressão, a meditação, a paralisação (medo/sem ação), a procrastinação (adiar decisões importantes), programação, conexão com propósitos, com pessoas e valores e libertação.

Ao final da palestra, ainda foi aberto um espaço para que os participantes pudessem ter suas perguntas e dúvidas respondidas pelo médico.

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