Acolher é um gesto que vai além da solidariedade. É um ato de amor, responsabilidade e compromisso com o futuro de crianças e adolescentes que, por diferentes razões, precisam ser temporariamente afastados de suas famílias de origem. Em Aracruz, esse cuidado se concretiza por meio do Serviço Família Acolhedora, uma política pública desenvolvida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semds).

A iniciativa garante acolhimento familiar provisório a crianças e adolescentes de até 17 anos e 11 meses que tiveram seus direitos ameaçados ou violados, sempre por determinação judicial. A proposta é simples, mas profundamente humana: oferecer proteção, afeto e convivência familiar em um momento delicado da vida, evitando a institucionalização.

É importante destacar que acolher não é adotar. A família acolhedora atua como parceira do poder público, oferecendo cuidado, estabilidade emocional e apoio enquanto a equipe técnica trabalha para que, sempre que possível, a criança ou adolescente retorne à família de origem de forma segura e acompanhada.

Entre os principais objetivos da política estão a garantia do acolhimento em ambiente familiar, o fortalecimento dos vínculos comunitários e o acompanhamento multiprofissional tanto das famílias acolhedoras quanto das famílias de origem. Todo o processo é conduzido por profissionais da rede socioassistencial, assegurando proteção integral, escuta qualificada e respeito à história de cada criança e adolescente.

“O Família Acolhedora representa o que acreditamos enquanto política pública: cuidado com pessoas, respeito às histórias e proteção a quem mais precisa. Cada criança ou adolescente acolhido em um lar temporário recebe mais do que abrigo, recebe afeto, atenção e a chance de viver um período da vida com dignidade e segurança. Nosso compromisso, enquanto gestão, é fortalecer essa rede de proteção e ampliar cada vez mais esse olhar humano dentro da assistência social”, comentou a secretária da pasta, Rosilene Filipe.

Para a gerente de Proteção Social Especial, Andrea Fregini, o acolhimento é uma experiência que transforma todos os envolvidos. “A criança se sente protegida, pertencente, e a família acolhedora passa a compreender, de forma muito concreta, o poder do cuidado e da empatia. Nosso trabalho é acompanhar de perto cada caso, garantindo que esse processo aconteça com responsabilidade, preparo técnico e, acima de tudo, sensibilidade. O Família Acolhedora é sobre vínculos, escuta e reconstrução de histórias".

No município, a iniciativa vem avançando com ações de sensibilização, orientação e mobilização da comunidade, além do acompanhamento técnico contínuo das famílias participantes. São passos importantes para fortalecer a rede de proteção social e ampliar a cultura do acolhimento em Aracruz.

O prefeito Dr. Coutinho destacou que investir nas pessoas e nas políticas públicas é fundamental para transformar vidas. “Esse é um exemplo claro disso, pois cuida, protege e oferece novas oportunidades para crianças e adolescentes que enfrentam momentos difíceis. A nossa gestão reúne diversas histórias de superação construídas com amor, responsabilidade e compromisso social, em diferentes programas, serviços e projetos. Trabalhamos para fortalecer ações que acolhem, que geram impacto real e que constroem um futuro mais humano e justo para todos”, pontuou.

Quem pode ser uma Família Acolhedora?

Podem participar famílias que residam em Aracruz há pelo menos dois anos, tenham responsável legal com idade mínima de 25 anos, possuam boas condições de saúde física e mental, não tenham pendências judiciais e disponham de tempo, espaço e afeto para acolher. É fundamental que todos os membros da família estejam de acordo com o acolhimento e que o imóvel ofereça condições adequadas para receber a criança ou adolescente.

Antes de integrar o programa, as famílias passam por avaliação e acompanhamento multiprofissional da equipe técnica do Creas, garantindo segurança, preparo e responsabilidade em todo o processo.

“Mais do que um serviço social, o Família Acolhedora é uma rede de cuidado que envolve toda a sociedade. Ele materializa o que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é o direito à convivência familiar e comunitária, com dignidade, proteção e afeto. Acolher é abrir espaço no lar, no coração e na vida para quem mais precisa, ainda que por um tempo, o impacto é para sempre”, ressaltou a secretária Rosilene Filipe.

A Secretaria de Desenvolvimento Social reforça o convite para que mais famílias conheçam o programa e considerem essa possibilidade transformadora.

Informações e inscrições

As famílias interessadas em saber mais sobre o Serviço Família Acolhedora podem procurar o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

📞 Telefones: (27) 3270-7433 | (27) 99813-2956