Projeto Vida no Mangue vai beneficiar cerca de 60 famílias
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) informou na manhã desta segunda-feira (13) que 59 famílias de catadores tradicionais de caranguejo serão beneficiadas no projeto Vida no Mangue este ano. Criado em 2013, o projeto destina cestas básicas aos trabalhadores e trabalhadoras do manguezal nos períodos do defeso e andada - quando a cata, o armazenamento e comercialização do crustáceo da espécie uçá são proibidas.
Cerca de 295 cestas básicas serão distribuídas às famílias, que receberão cinco cada um. As cestas serão entregues nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2021, durante o período do defeso, e entre os meses de janeiro e abril de 2022, referentes ao período de andada do caranguejo-uçá.
De acordo com um relatório da Semam, este projeto se justifica não penas pelo “fato de se oferecer aos catadores e suas famílias um benefício/auxílio durante o período de pesca proibida, já que a maioria deles tem a cata do caranguejo como principal fonte de renda, mas principalmente conscientizá-los quanto a conservação e preservação do manguezal, precisamente nos períodos do defeso e andada do crustáceo”.
Os catadores de caranguejo aprovados no Vida no Mangue participaram hoje da capacitação que é obrigatória para o recebimento do benefício. Este ano, o manguezal da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim foi o tema central da palestra, conduzida pela professora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Mônica Maria Pereira Tognella, graduada em Oceanografia e doutora em Oceanografia Biológica.
Tognella iniciou a palestra com uma reflexão sobre os impactos da ação humana sob os manguezais e como a destruição deste ecossistema afeta a vida humana. “O que nós queremos para o manguezal do Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim?”, indagou ela.
O vice-prefeito, Beto Vieira, e o secretário municipal de Meio Ambiente, Aladim Cerqueira, também participaram da capacitação. Na abertura, Beto ressaltou a importância da coletividade entre a população e poder público para se pensar o futuro dos manguezais do município.
Já o secretário da Semam falou sobre a perspectiva do executivo em preservar a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piraquê-Açu e Piraquê-Mirim, incluindo a valorização do trabalho de homens e mulheres ribeirinhos, além da intenção do município em evitar o uso predatório tanto do rio, quanto do manguezal, por parte de quem não é do território. “Estamos trabalhando para construir uma parceria com a Universidade. Pretendemos aperfeiçoar ainda mais a gestão da RDS, para que cada vez mais atenda principalmente os interesses dos catadores e pescadores tradicionais”, disse.
Errata: foi verificado que, na verdade, cerca de 60 famílias serão beneficiadas com o projeto Vida no Mangue, e não apenas catadores de caranguejo, coforme publicado anteriormente. Por isso, foi feita a alteração no título e no lead desta matéria, às 09h17, do dia 14/09/2021. (Luã Quintão)


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